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quarta-feira, 19 de maio de 2010

As Árvores do Camões

As Árvores do Camões. História. Sombra. Compasso das estações. Poiso de pardais, melros e chapins. Verde. Um património material e imaterial.

I: As Árvores do Camões têm histórias.

Acompanharam a escola, os seus alunos, professores e funcionários. São testemunhos vivos do tempo. Sobre os seus ramos e folhas, escreveram-se e escrevem-se textos. São literatura em 3D. São manuais de botânica sempre abertos. São eco da paixão de Ruy Telles Palhinha pelas plantas (a coralina é a árvore anciã das flores de fogo).

II: As Árvores do Camões dão-nos sombra.

Os intervalos da primavera e do verão passam-se sob as árvores, nas suas sombras. Mesmo quando não há folhas, os seus ramos continuam a ser o primeiro guarda-chuva, oferecendo-nos mais ou menos filtrada a luz do Sol. A sombra das nossas árvores demorou décadas a crescer. A sombra de uma árvore sempre demorou décadas a crescer. Existem sombras que todos nós gostaríamos de continuar a ver, amanhã (coralina, uma tília e mais outra, e outra ainda).

III: As Árvores do Camões relembram-nos as estações que perdemos.

Haverá melhores contadores do tempo na nossa escola que as árvores? A variação das suas copas conta-nos o ciclo das estações. Os ramos despindo-se com o correr do 1º.Período. As primeiras folhas no 2º.. Plenas de folhas, acordam-nos para o 3º., relembram-nos como passa o tempo, e na alameda das tílias flutua um perfume insubstituível (os plátanos e as tílias).

IV: As Árvores do Camões são o palco para os chamamentos das aves.

Trazem-nos as melodias da natureza à escola na cidade. Mesmo não conhecendo os camonianos os chapins e as felosas, eles são a sua paisagem sonora. São frondosas, são ninho, abrigo, biodiversidade (entre as tílias, as que não estão doentes, a coralina e algum plátano, talvez).

V: As Árvores do Camões são o nosso verde.

Suavizam os espaços, tranquilizam-nos, são os pulmões da escola (as árvores que o Camões poderá continuar a ver amanhã).

VI: As árvores do Camões são as Árvores do Camões.

João Farminhão

2 comentários:

Fjó disse...

Não ao abate de árvores no Camões!!
Tem de haver outra opção! OS projectos de remodelação do camões estão optimos, mas a questão das árvores é essencial: elas têm de ficar!

Querem cortar decadas de histórias em poucos minutos?

Anónimo disse...

as arvores do camoes são de mais para quem tem alergias.

mas mesmo assim, devem ficar!!